passaro preto

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domingo, 6 de março de 2011

O SIMPÁTICO PÁSSARO-PRETO

Muito querido e manso, adora carinho, faz imitações, dá alarme e gosta de cantar. Saiba mais sobre este verdadeiro pássaro de estimação.

Ele é um dos pássaros brasileiros mais populares. Manso, inteligente e bastante esperto, conquista logo a simpatia. É encontrado do norte ao sudeste do país, geralmente próximo às plantações de cereais.

Na natureza já demonstra sua índole pacífica, sendo menos arredio que os demais pássaros com as pessoas que lhe oferecem alimentos e com as que ele esteja acostumado a ver nos arredores.

APRENDE FÁCIL

Em cativeiro, fica manso se pego desde filhote. Pessoas desconhecidas provavelmente levarão uma boa bicada ao colocar o dedo na gaiola, mas se for o dono, ele permite afagos, demonstrando prazer ao arrepiar as penas do corpo. Torna-se muito sociável com os membros da família ou pessoas que costuma ver com freqüência, aceitando carinhos de todos. Geralmente, no entanto, demonstra preferência por uma pessoa (geralmente quem o alimenta). Daí, faz mil coisas: atende pelo nome respondendo com seu canto, se empoleira nos dedos e nos ombros e aprende uma porção de outras.

Adora um cafuné. Quando coçamos sua cabeça e a região do pescoço, fica todo arrepiado de satisfação. Soares comenta que um bom cafuné lhe dá sono, às vezes profundo. "Um de meus Pássaros-pretos, o Negro, quando eu coçava sua cabeça, deixava-a cair juntamente com todo o pescoço. Depois, eu o colocava de pernas para cima sobre a mesa e ele nem acordava de tão profundo que era seu sono".

Quando alguém se aproxima fica agitado, parece querer chamar a atenção. Canta bastante, mesmo que seja um estranho. Começa a correr de um lado para o outro na gaiola e fica todo arrepiado. Seu canto, nestes momentos, acaba sendo um tipo de alarme, sinalizando que alguém está passando pelo local. Segundo Soares, o Pássaro-preto amansado pode ser criado solto em casa, sem maiores problemas, pois "ele não costuma fugir". O primo de Soares, Sérgio Augusto, criou um exemplar solto em casa. "Ele se chamava Negrão. Quando chegava visitas que não conhecia, tratava logo de voar até o chão, se aproximava dando uns passinhos (o criador diz que ele anda e não pula como fazem muitos pássaros) e começava a bicar o sapato dos convidados, fazendo a maior gritaria. Era a atração da casa!".

OS TRUQUES

Eles são inteligentes e aprendem rapidamente as coisas. Um dos Pássaros-pretos de Soares, por exemplo, atendia o seu chamado com um estalar de dedos. Ele também pode ser ensinado a pegar e a abrir coisas leves e até a desmanchar laços. Pega palitos de fósforos da caixinha, puxa cigarros do maço, abre a tampa do açucareiro e o que mais você consiga imaginar do gênero.

Sensível, se assusta com facilidade. Se ficar medroso, poderá assim permanecer pelo resto da vida. Portanto, fique atento para a reação dele à sua aproximação. Evite criar situações que possam intimidá-lo em excesso. Cuidado com cores muito fortes, como o vermelho; com o guarda-chuva e até com os óculos quando for pegá-lo. Não dê pancadas na gaiola ou tapinhas no passarinho. Se ele ficar com medo de você, será um pássaro arredio, que dará bicadas e começará a se debater na gaiola toda vez que você tentar tocá-lo.

CUIDADOS GERAIS

ALIMENTAÇÃO: Ração específica para a espécie (encontrada em lojas especializadas) ou do tipo dado a galinhas poedeiras. Acrescente diariamente: alpiste (1 xícara de chá para cada quilo de ração), frutas (banana, maça e mamão) e, a cada três dias, legumes (chuchu, tomate e jiló) e verduras (chicória e almeirão).
SAÚDE: Resistente a doenças. Não se ressente com frio ou calor, mas não se dá bem com correntes de ar. Se demonstrar canibalismo arrancando as penas, pode ser causado por alimentação inadequada ou falta de parceiro para procriar. No caso de falta de parceiro, coloque fios de estopa - passados em salmoura (1colher de sal para um copo de água) para desinfetar - pendurados na gaiola, assim ele passa a puxar os fios e deixa de arrancar as penas.
REPRODUÇÃO: Casais em cativeiro desde filhotes têm procriado com certa facilidade. O viveiro deve ter algumas árvores e ficar em local sossegado, onde não haja circulação de pessoas. A fêmea põe de 2 a 4 ovos por ano, sempre no final da primavera. No cativeiro a época varia em função da mudança de metabolismo da ave. Por ser nativo no Brasil, sua apanha em território nacional é proibida. Pela legislação deve ser obtido em criadouros autorizados pelo IBAMA.

Texto: Mateus

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